O Festival é de cinema, mas não significa que o mundo da televisão não possa ter o seu espaço. O Festival do Rio 2009 traz em sua programação um leque de opções ligadas ao mercado audiovisual para os profissionais e ao público em geral . São os chamados "RioSeminars".No último domingo, dia 27, a rodada de debates do foi sobre como roteiristas e diretores utilizam a TV para alcançar o seu público e como se comportam os veículos de comunicação para conquistar o espectador. O primeiro debate expôs o tema "Escrevendo o que o espectador quer ver", com a presença dos roteiristas Cláudio Manoel (Casseta & Planeta), Cláudio Paiva (A Grande Família) e Alessandro Marson (Cama de Gato).
O humorista Cláudio Manoel abriu o bate-papo com pequenas observações sobre os espectadores de um modo geral e como se comportam na hora de escolher um determinado programa. Segundo ele, escrever para a TV vai ficando mais difícil toda vez que o público do programa aumenta, porque as pessoas vão se tornando mais exigentes com aquilo que querem assistir. Ele frisa também que há mais liberdade atualmente para se falar de todos os temas, sem tabus.
Já Cláudio Paiva comenta que se forem levar em consideração pesquisas de opinião, os telespectadores querem ver coisas boas, mas que isso não responde ao oscilamento do gosto popular. Em relação ao cinema, o roteirista lembra que o mercado mundial está voltado para grandes produções, que arrecadem boas bilheterias. Ele citou o cineasta Woody Allen para definir o cinema americano dos dias atuais:"Hollywood não faz mais filme para adultos".
O roteirista Alessandro Marson preferiu abordar o mercado da telenovela e sua "força" como produto de grandes emissoras. Ele comenta que apesar do custo de cada capítulo ser altíssimo, depois de alguns meses é possível cobrir os gastos. Mesmo sendo o principal produto almejado pelas grandes emissoras, Marson acha que a Tv aberta deveria criar outros formatos como séries, por exemplo.
Para conferir outras opiniões dos debatedores, assista ao vídeo:
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